O espaço do homem
é
o tempo em que ele vive.
Todo o resto é memória.
Observamos neste livro a vingança alçada ao patamar de terapia redentora. O protagonista tem como meta, para suplantar o marasmo interior e a ínfima auto estima cotidiana, a desforra contra desafetos que o humilharam fisicamente em diferentes períodos de sua adolescência e juventude. A trama muito bem alinhavada tem como elemento motriz a memorização insistente de fatos preponderantes inconclusos, fazendo com que o personagem projete um acerto de contas unilateral ante seus rivais e em consequência consigo mesmo e com seu próprio passado.
A trama tem um elo interno elaborado a partir de diferentes sub-tramas enriquecendo a leitura e nos abastecendo de elementos vivenciais agudos na movimentação constante do chamado “agon”, ou o conflito entre o protagonista e os antagonistas. Embora o instinto vingativo esteja furtivamente atrelado à sua hereditariedade, o personagem procura sempre agir racionalmente nos momentos cruciais em que se depara fisicamente com seus “rivais”. Mesmo quando o acaso os traz subitamente do passado à sua fatídica e fatal presença.
Além disso, o livro é ambientado na região de Santos e adjacências, fazendo com que sua leitura nos remeta a um “tour” pela urbanidade santista. O personagem principal foi criado, reside, trabalha e se movimenta na cidade e o autor nos leva pelos bairros, praias, residências, bares e estabelecimentos comerciais colorindo magistralmente o livro em uma atmosfera litorânea cativante para todos nós que nutrimos uma grata memória afetiva por esta cidade.
Em meio à intensa movimentação literária, os capítulos trazem, ainda, elucidativas epígrafes de nomes como Shakespeare, Robert Arlt, Rubem Fonseca... e traz diálogos preenchidos com toques, dicas e informações adicionais sobre psicologia, filosofia, literatura, cultura pop, música contemporânea, publicidade e redes sociais. E para complementar transcrevo um trecho do prefácio escrito por Flávio Viegas Amoreira: “...aqui a poesia se revela no prosaísmo cotidiano, nos vestígios da vida e na persistência da memória”. [Vieira Vivo]
Capa brochura, 135 páginas
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