A obra destila “geografias emocionais”, descortinando as nuances de sentimentos que, por vezes, passam despercebidos nas trivialidades cotidianas. Cada poema é uma palpitação do coração que grita por coerência dentro do caos da vida. O autor parece explorar a dicotomia entre ordem e desordem, enquanto as palavras se formam como ecos do universo do viver, buscando sentido e equilíbrio.
Toniolo, com delicadeza e precisão, tece uma poesia que é, ao mesmo tempo, pungente e reflexiva. É uma obra que parece convidar o leitor a explorar suas próprias "geografias emocionais", revelando que a poesia não é apenas um refúgio, mas um espelho da complexidade humana.
Ao afirmar que "a poesia é meu reino de paz e profanação", Toniolo sublinha o caráter dual de sua obra: uma tentativa de encontrar paz em meio ao caos, mas também de subverter e questionar a própria natureza dessa paz. A poesia aqui não é apenas um exercício estético; é uma forma de se entender e de entender o mundo.
[Cláudia Brino]
